Não quero escrever sobre fatos. Eles costumam ser óbvios demais. Sim, as pessoas, às vezes, complicam os fatos.
Mas também não me sinto nem um pouco propensa a falar do 'entrelinhas', ou daquilo que não cabe nas palavras - a opção que me basta, pelo menos agora, é sentir.
Mas também não me sinto nem um pouco propensa a falar do 'entrelinhas', ou daquilo que não cabe nas palavras - a opção que me basta, pelo menos agora, é sentir.
E mesmo sem saber reconhecer direito (e dá?) este estado misturado, meio-eu-meio-qualquer-coisa, eu sei que quero escrever.
O mundo dos signos, o mundo dos ditos, o mundo das palavras. Eu vomito letrinhas como eu quiser - sempre foi tão libertador. Vomito - regurgito - devolvo a este mundo azul, o meu olhar... e não há porquês para isso, para mim é movimento natural. Escrever talvez seja necessidade (vital.).
A linguagem se constrói, é tecida nas minhas linhas internas. É fluida, e na minha verdade, vai além do desfile de letras, da camisa-de-força da linguística, da limitação da gramática. Basta eu ir além. E confesso que o 'além' sempre me atraiu. Ultrapassar... com a caneta.
E existe preço a pagar por essa liberdade que não se pretende?
Um comentário:
Dizia Guimarães Rosa: “Escrevendo, descubro sempre um novo pedaço do infinito.”
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