Essa noite me sentei pela sabe-se-lá-que-número-de-vez no mesmo lugar. Ao som do mesmo cara, com aquele violãozinho (tocando ‘jesus numa moto’) que flutua numa freqüência perene- intermitente... À sombra da mesma meia-luz pretensamente abafada, com a mesma sensação de acolhimento... pelo nada. Tomei a mesma marca de cerveja (o vinho da casa, nunca mais!!), tentei rabiscar o mesmo poema que venho tentando escrever há um tempinho, no guardanapo surrado que fica em cima da mesa, e que os carinhas ainda usam para mandar os telefones para os quais provavelmente eu nunca vá ligar. Talvez essa seja uma das roupagens do eterno retorno do mesmo... Talvez isso revele que eu realmente preciso das mesmas coisas, das mesmas pessoas, das mesmas evasivas, da mesma poética batida (de mesa de bar de ermelino mesmo)...e da mesma sinestesia que aquela -ora suave, ora sufocante- luz abafada me traz.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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