quarta-feira, 5 de agosto de 2009

recuerdos....

Sim...eu me lembro de uma garotinha que por volta dos 5 anos foi à escola. No primeiro dia de aula, com uma roupinha social cor de rosa (de gravatinha, meu deus!!) bem daquelas usadas no natal. Neste primeiro dia não falou com ninguém (talvez excessivamente introspectiva, ou viajante, ou observadora...acho que os 3 juntos). Ou melhor, na hora do ‘recreio’ não teve força o suficiente para abrir a frasqueira de suco, daí, acabou pedindo para uma coleguinha grandona. E só.
No segundo dia de aula, levou uma boneca... e já fez amizades. Do terceiro para a frente ficaram lembranças : algumas mais claras, outras difusas...mas realmente, ir à escola, naquela época não era a coisa mais legal do mundo, me entediava. Lembranças dos cabelos louros e do barulho das pulseiras da tia Suzana quando ela escrevia na lousa, da cartilha passo-a-passo, do caderno de caligrafia (eu odiava o exercício de ficar fazendo cobrinhas!), do ‘símbolo da força’ – bonequinho com roupa de judoca faixa preta que meu pai fofamente me deu para me estimular nas idas à escola – detalhe: o boneco se chamava “Símbolo!!” hahaha.... Lembrança viva da alegria das primeiras palavras lidas (essa recordação, ninguém tira).
Com os anos comecei a gostar mais da escola... embora eu tenha as minhas críticas em relação ao modelo educacional que recebi no objetivo, e que, ainda bem, tive a liberdade de questionar... Conservo a minha característica introspectiva, viajante, observadora, sonhadora...sei lá, tantos nomes para se ter! Talvez, hoje em dia, tais características estejam mais alternadas com o meu lado “falo p/ caralho” - dependendo da ocasião e das pessoas. Cresci... e tenho saudades da menininha de gravatinha cor-de-rosa, de coração naturalmente bondoso e inocente de doer... mas tenho acesso - um pouco restrito - a ela, quando se faz necessário. Tia Suzana me adicionou no Orkut! E disse que ainda usa suas pulseiras... e eu ... eu? Comecei a relembrar de tudo isso. Acabo concluindo que não trocaria sequer uma passagem desta pequena história, das conexões estabelecidas...as doídas, as misteriosas e vagas, as prazerosas...do silêncio tão minha-parte. E desta estranha força...para além do bonequinho.

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