Queria poder ser fiel às tuas palavras, poeta... mas a noite intensa-lisérgica-estrelada e aquele nascer do sol mágico, frio, no alto da montanha não me permitiram. Transformaram-me... transmutou-nos para um lugar que só existe na via de quem refuta o estático, de quem se entrega ao movimento.... de quem, como o velho Nietzsche dizia, só acreditaria em um deus que soubesse dançar... então, eu danço!
Daí que, em momentos como esse, eu me recordo das suas palavras, do modo como você enalteceu a beleza desta sincera amiga .... e observou que estes olhos dão uma impressão de infinitude (eles buscam ‘apenas’ o horizonte), de alcance-além, e que gosta disso numa mulher. (Tens descendência síria?) Acertou – mais uma vez – poeta... Difícil ouvir coisa mais bonita que essa... merece registro...merece calor interno acompanhado da lembrança de um momento único, que (ainda bem!)existiu, de fato!
O encontro de almas é raro...Já tive alguns, vida afora – devo confessar que isso é digno de privilégio...não é passível de compreensão (ainda bem! novamente), e não é contabilizado em tempo linear.
E a minha boca agora sorri! A boca que foi descrita como um desenho milimetricamente calcado, esculpida... perfeição próxima do que o real ainda tange... Como te descrever, sem ser com derramamento de lírica?
E a minha voz... (“gosto da tua voz”...) traz alguma coisa de quente....que conforta por dentro.
Eu tentei te aquecer do frio, poeta... do vazio que a complexidade favorece... tentei te dar o abrigo que o meu corpo quente e livre podia e pode oferecer... Queria também, como você, oferecer os meus versos, com 1/19 do sentimento da veia-lírica-pulsante que vc transmite.
“Você já morreu alguma vez?”
Algumas, poeta... morri e fui p/ o inferno. Mas voltei. Em paz, em luz, em infinitude, em suave movimento (des)contínuo...
Sabe, meu amigo...algumas vezes eu acho que fiz uma opção meio ingrata na vida...essa de só aceitar o que traz profundidade,o que traz vísceras liricamente dissecadas, tempos deslocados no espaço quântico... essa escolha, esse caminho para o qual a dança da vida me conduziu, de não comprar mais os riscos ensimesmados da superficialidade e da virtualidade. De não sorrir por sorrir, de sorrir com alma. De saber cultivar o silêncio. De amar.
Quem, neste dia-a-dia espelhado, banca qualquer natureza contato profundo? Não escapa pelas entrelinhas... Eu escapo?
Mas ainda há alívio...nos gestos sinceros, nos sentimentos verdadeiros, nas sinestesias que nos acometem quando menos esperamos...nos reflexos estilhaçados do que reverbera e permite que sejamos...na furta cor flutuante das bolinhas de sabão que as minhas sobrinhas soltam...
Sinto falta das tuas palavras, da sua escuta, meu caro poeta. Descobri que isso também me mantêm... Sinto falta de tantas coisas! Mas, como é infinitamente bom aprender a perceber o que está do nosso lado... e vibra!
Daí que, em momentos como esse, eu me recordo das suas palavras, do modo como você enalteceu a beleza desta sincera amiga .... e observou que estes olhos dão uma impressão de infinitude (eles buscam ‘apenas’ o horizonte), de alcance-além, e que gosta disso numa mulher. (Tens descendência síria?) Acertou – mais uma vez – poeta... Difícil ouvir coisa mais bonita que essa... merece registro...merece calor interno acompanhado da lembrança de um momento único, que (ainda bem!)existiu, de fato!
O encontro de almas é raro...Já tive alguns, vida afora – devo confessar que isso é digno de privilégio...não é passível de compreensão (ainda bem! novamente), e não é contabilizado em tempo linear.
E a minha boca agora sorri! A boca que foi descrita como um desenho milimetricamente calcado, esculpida... perfeição próxima do que o real ainda tange... Como te descrever, sem ser com derramamento de lírica?
E a minha voz... (“gosto da tua voz”...) traz alguma coisa de quente....que conforta por dentro.
Eu tentei te aquecer do frio, poeta... do vazio que a complexidade favorece... tentei te dar o abrigo que o meu corpo quente e livre podia e pode oferecer... Queria também, como você, oferecer os meus versos, com 1/19 do sentimento da veia-lírica-pulsante que vc transmite.
“Você já morreu alguma vez?”
Algumas, poeta... morri e fui p/ o inferno. Mas voltei. Em paz, em luz, em infinitude, em suave movimento (des)contínuo...
Sabe, meu amigo...algumas vezes eu acho que fiz uma opção meio ingrata na vida...essa de só aceitar o que traz profundidade,o que traz vísceras liricamente dissecadas, tempos deslocados no espaço quântico... essa escolha, esse caminho para o qual a dança da vida me conduziu, de não comprar mais os riscos ensimesmados da superficialidade e da virtualidade. De não sorrir por sorrir, de sorrir com alma. De saber cultivar o silêncio. De amar.
Quem, neste dia-a-dia espelhado, banca qualquer natureza contato profundo? Não escapa pelas entrelinhas... Eu escapo?
Mas ainda há alívio...nos gestos sinceros, nos sentimentos verdadeiros, nas sinestesias que nos acometem quando menos esperamos...nos reflexos estilhaçados do que reverbera e permite que sejamos...na furta cor flutuante das bolinhas de sabão que as minhas sobrinhas soltam...
Sinto falta das tuas palavras, da sua escuta, meu caro poeta. Descobri que isso também me mantêm... Sinto falta de tantas coisas! Mas, como é infinitamente bom aprender a perceber o que está do nosso lado... e vibra!
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