parênteses

(hoje é quinta para sexta, dia em que talvez eu devesse dançar. de repente me lembrei de como eu gostava de dançar às quintas, numa época em que isso realmente me bastava. sim! na época em que as minhas teorias de boteco ainda me convenciam de alguma coisa.acho que o mais bonito de tudo deve ser isso... conservar certas coisas: o hábito do sorriso -espontâneo, permitir que a tristeza chegue, mas nem por isso te paralise, olhar a vida com olhos brandos e com aquele sentimento insistente de já ter visto tudo isso. olhar e sentir, de fato, as outras pessoas - as que a gente deixa ficar e as que a gente deixa ir...acho que realmente a vida pode ser sentida como esse fluxo entre o afinar e o desafinar. conservar certos hábitos e expandir em tantos outros... e esse horizonte que tanto chama o meu olhar vem se reconfigurando novamente... como eu costumava dizer em tantas das minhas filosofias de boteco, e constato com deslumbramento digno de epifania: viver deve ser isso (!) e a próxima dança? virá...)