meu espantamento é constante,
porque viver achando tudo normal
não me cabe.
minhas indagações são intermitentes
porque sei que quando há resposta
há arestas definidas
(e eu quero o ilimitado)
meu amor é inteiro e fluido
e espalha-se de maneira que sequer
me dou conta
(porque o mundo é tão grande...)
e...aqueles olhos misteriosos me incitam
a multiplicá-lo a cada dia mais.
minha escrita é sopro de vida
que me constitui
é necessidade primordial
é registro que me desencontra
e roupagem que me acoberta
porque se eu não escrevo, eu não existo.
minhas reticências são soltas,
esfumaçadas...
carrego a suposta liberdade de ser quem eu sou
ou agir como minha vontade me guia
- e, ser quem se é, liberta - afasta (não definitivamente)
aquilo ou aqueles que não cabem
no meu repertório em
(in)constante composição.
minha curiosidade é aguda
e a amplitude não me é meta posta:
é expansão que se dá
porque a vida inteira eu tenho
me deixado ir...
por entre os fatos,
entre os laços,
-no que afeta-
entretantos,
entrelinhas.
meu egoísmo existe
e quando consigo percebê-lo,
dialogo com ele
porque (ainda bem) não sou
nem muito menos pretendo ser perfeita.
eu somente sinto...
minha linguagem
é a poética infundada
e a lírica é o tom que mais me compõe -
porque sem arte
não há vida própria.
quem eu sou, não vem ao caso...
fato é: eu preciso!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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Um comentário:
Muito bom!
Guilherme
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