sim. é como se tivesse sido sempre assim.
sem definições, sem conselhos que caibam na minha indefinição magnética.
com as colorações e tons suaves que compõem a minha instabilidade imagética.
sem a presença dos caras que que eu nem cheguei a pensar que seriam para sempre (e sabe-se lá o quanto isso tem de triste, e o quanto tem de libertador).
eu sigo meu caminho, que é de verdade, carregando apenas a força que existe nas minhas mãos, e aqui dentro.
entrei em comunhão com os seus olhos insanos, e com suas idéias, que de agregadas não têm absolutamente nada (preciso dizer por que me senti atraída?).
sorrio ao me lembrar que você me pediu em casamento lá na montanha, e eu fiquei de pensar (tipo eu ensaiava dizer, quando eu era adolescente).
estou assim... em transição. em trânsito. no caminho desviado que me chama e que eu escolho, sem pestanejar.
sempre respeitando as escolhas, dos outros...e minhas.
uma vez você me disse que ninguém permanece o mesmo, depois de um contato profundo comigo. e confesso: isso me envaidece, nesta madrugada.
justo eu, que em 28 anos sempre neguei qualquer tipo de competição, ou de vaidade.
justo eu, que tenho me contentado em simplesmente ser...
estou no espelho neste momento, mas o que eu vejo é o seu rosto.
e as mentiras que reconheço em meio à nuance de verdade que há nos meus olhos.
cara, eu não preciso de nada,
mas gosto de você assim... tão fácil.
tão fácil como as linhas retas, de quem tenta organizar um turbilhão de sentimentos.
hoje, você não perguntaria a minha opinião.
já que, no espelho, existe uma grande interrogação estampada no meu rosto.
venho cultivando esta interrogação,
desde que nasci -
venho cultivando reticências - gestalts não fechadas
trajetórias existenciais recheadas de ocaso
e simplicidade
e celebrando tanto disso!
venho cultivando
a sinestesia - só sua - que reside na ponta dos seus dedos
e desde então...
encontrou abrigo em mim.
sexta-feira, 11 de março de 2011
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