quinta-feira, 7 de abril de 2011

viva a lua!

Ave, Palavra -do Guimarães Rosa- é, para mim, um exercício alquímico do mundo das palavras. E daí, que eu sempre recorro a ele...como que a um manual, em busca de um pouco mais. em busca sempre...
'A caça à lua' é o meu conto favorito, pelo jogo, que nem jogo é, das palavras, pelo fluxo das imagens, pela transposição do tempo. Milagres roseanos - que espelham de um jeito tão bonito, a alma humana.
***
-"Viva a lua"...- vi uma vez uma menina gritando. Só o instante. Fazia mesmo luar, eu já tinha notado. Mas olhei foi a menina. Ela correra, a gritar, na rua, uns poucos metros, como se pulasse corda; e estava sozinha. Não me vira. Gritava de alegria, de brinquedo, de SÚBITA LIBERDADE, a M e n i n a z i n h a? E olhamos para a lua. Nós dois. Foi o mínimo momento. (Mas, às raras vezes, tudo se passa em mútua participação, assim extraordinária, agudas vezes; em h o r a v i v a.) Aquela era a lua comum - A LUA QUE É A CHEIA - no ponto de beleza, de todo o recorte: (...)
***
Essa é só a primeira parte, mas o conto inteiro rende uma 'viagem astral' (rs) que me cura de qualquer dureza do cotidiano. Obrigada Guimarães!

Nenhum comentário: