domingo, 24 de julho de 2011

[espaço existencial]

Talvez eu esteja realmente precisando desse espaço mesmo. Interstício. Espaço existencial, de quem (até que enfim) percebeu que não se sana na geografia questões que são inclusive minhas. Interlúdio desta busca musicada... E nesta composição, ocorre que a solidão não me assombra mais.

Mas... ainda assim, sigo ansiando pelas noites estreladas da montanha e pelos braços do homem que são os que mais verdadeiramente me acolhem neste momento. Distância que incomoda. Distância necessária? Não sei. Sigo recorrendo aos seus olhos castanho-vivos e insanos, todas as vezes que fecho os meus. E agradeço. E, sim, assim eu sinto que é posível ser feliz. Afinal, a gente tem tudo: nossas vidas livres, e o nosso amor que segue o fluxo de dentro para fora, tipo o mestre walter franco canta.

Justo eu, tantas vezes chata e excessivamente crítica a esse bombardeio de promessas de felicidade instântanea e a toda essa volatilidade que acomete a vida de tantas pessoas por aí. Ok. Eu já entendi que comigo as coisas podem ser diferentes. E são.

Sigo, sigo...às vezes mais contemplativa, às vezes correndo ofegante... ampliando o leque das perspectivas não retilíneas que compõem a minha vida. Não estranho mais o fato de eu precisar de pouco. Não rejeito mais os meus defeitos humanos. E sim, reconheço as minhas qualidades (o que sempre foi a tarefa mais difícil). Sou.

E assim, às portas dos 29, ainda com tanto a dizer...

(Ainda bem!)

2 comentários:

Guto disse...

Sometimes, Sometimes
Tirando a referência ao maluco do Gabriel (rs) é tão lindo.
Como tudo que vem de você!
Ando caminhando por um espaço parecido, aqui, on the other side.
Sinto tanta falta das nossas conversas sem fim!
E a solidão,por ora, me acolhe.

Joanne Sometimes disse...

Goodnight, my dear, I hope you're satisfied,
the bed is kind of narrow, but my arms are open wide.
And here's a woman still working for your smile
(...)