domingo, 10 de julho de 2011

poema

Às coisas do outro, que ficam na gente. E não têm fim.
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poema [frejat-cazuza]

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás.

2 comentários:

Unknown disse...

De tirar o fôlego e deixar desnorteado, estonteado com milhões de coisas que vieram me brindar a essência. É tão bom quando podemos vasculhar no passado sem medo de se perder por lá... =-)

Joanne Sometimes disse...

Sim! e quando vasculhamos o passado sem medo, podemos aceitar em paz o presente e sorrir de braços abertos para o futuro...
se cuida! a cerveja miou, né?
beijo grande