quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

passeando...

Esta tristeza difusa, meio esparsa, quase leve...velha companheira que de vez em quando estende a mão e me acolhe. Estou precisando de alguém que me leve para passear, e não tenho medo dela. Já que ela me sopra aos ouvidos verdades-tão-matizes, quem sabe profundas, verdades que só ela, a tristeza, minha velha companheira, carrega.
Verdades não fixadas, alternadas, um tanto quanto abstratas e tão reais como aquilo que só cabe nas entrelinhas.
Leva-me contigo, com hora marcada, por tempo determinado, afinal me aguarda uma estrada de vias cintilantes para ser também levada com sorrisos soltos, com insustentável leveza. Pura e somente para ser percorrida. Caminhos intangivelmente desvelados, nadíssima entediantes, desedificados - pelas vibrações desse peito que suspira um sutil cansaço, amores que vão e que chegam, esperanças identificadas pelo radar disso que eu reconheço como identidade. Vibra.Ressona. Movimento... composição que não acaba. Palavra cantada, criada, escrita. Pincelada que compõe o que me cria. A lírica tão-só-vivida.

Um comentário:

Guto disse...

as rimas no final completam o passeio. linda.
lindas as suas palavras escapadas.
passearam aqui dentro e me brotou uma saudade nova de você, do pano de fundo que já era saudade acomodada, acolhida, parte minha.
parte nova.