sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

poderemos.






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Ainda ontem eu li o seu bilhete.  E algo, de pano de fundo, agudizando no mantra da minha mais pura intuição, me contou que era para mim.
O tempo passou. E sou grata por isso: Grata por ter vivido toda e qualquer experiência que vivi. Hoje, passei dos 30 e já uso creme anti-idade...mas, a menina de sorriso largo, persiste.
Ainda procuro a pista do Madame, como um dos lugares para me organizar, e confesso que hoje gosto de fazer isso com vestido de flores...
Se existirem coisas a serem ditas, diga. Cada pessoa tem o seu tempo de luto, de processo, de digestão. Aprendi a deixar ir o que não se integra a minha experiência.  E a receber o que a vida me oferece. E ela tem sorrido para mim, com tantas coisas boas...e eu? sorrio de volta.
Vim me livrando de cargas desnecessárias, medos bobos. E respeito todos os meus processos, assim como os das outras pessoas. A vida aos 30 é bem mais legal que aos 20, embora eu goste muito das duas. Vivo de maneira honesta, simples e pouco egoísta, porque escolhi assim.
E, se algum dia, ou em alguma noite, um demônio se esgueirasse na minha mais solitária solidão e me dissesse que eu teria de viver essa mesma vida inúmeras vezes , eu diria a ele que nunca ouvi nada mais divino. Porque o divino está dentro de mim.
Venho aprendendo a não ser mais tão conclusiva...e a respeitar o tempo, por si só. Ele é sábio. E nos revela aquilo que nos propomos a ver... que bom que você vê o que vê. Poderá ver e sentir muito mais que isso. Poderemos. 
Um brinde. Hoje bebi uma cerveja e brindei, internamente, a nós dois. Aos nossos encontros e desencontros, as nossas similaridades e as nossas discrepâncias. As nossas interpretações errôneas... E é assim que deve ser, porque naquele momento eu não estava disposta à assimilações e reajustes. Eu ainda não sabia como fazer isso. E tratei de aprender...mergulhei e continuarei sempre mergulhando no território mais profundo que se mostre. Porque eu não sei viver nada pela metade.
Hoje estou aprendendo, a cada dia mais... mas o cenário é outro, o momento é outro. Eu também sou outra (porque não?), embora a minha estrutura permaneça... 
E, sem conclusões descabidas, àquilo tudo que  fizer com que eu me torne mais humana, mais presente: eu abro os braços e aceito.

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