Já ouvi alguém dizer que killing an arab do Cure é uma interpretação equivocada e niilista de "O estrangeiro", mas realmente... quem se importa? Na verdade nunca sei direito o que as pessoas querem dizer, quando se referem ao niilismo...
Nunca tive muita paciência pra esse tipo de discussão, e fico me lembrando que quando li O estrangeiro pela primeira vez, me vangloriava, secretamente, achando que eu conseguia 'entender' a letra de killing an arab melhor do que meus amigos.
Quando li 'O estrangeiro' novamente, depois de velha (bom...com uns 23...),fiquei com raiva do Mersault. Mas uma raiva estranha, porque ao mesmo tempo eu gostava do ritmo sensorial dele, e do pensamento-sensorial tão livre dele, mas, assumo, pros meus padrões cansados, foi uma forma de pensar que em muitos momentos me assustou. Daí desencanei, e concordando ou não, aceitei o Absurdo, depois de recortadas reflexões e algum nível existencial de guerra civil interna (será que o Camus teve essa intenção?). Ou seja, o Mersault oscila entre leveza e densidade. Paradoxo, ou seja, interessante.
Classificam ''O estrangeiro'' como Romance-existencialista. Lembro que quando eu tinha uns 15 anos eu li "O muro" do Sartre, e acho q foi bem aí que o existencialismo, pediu uma licença difusa e disfarçada e... entrou na minha vidinha.
Agora..quanto à Killing an arab... me lembra as finadas noites de quinta do madame (sim...também dancei muito essa) e me lembra a época em que o Robert Smith era bonito.
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