Cidade
Pela dança concreta
que circunda o asfalto
disposto em linhas de papel
onde letrinhas giram
refletidas no painel
ver-me-lho-lu-mi-no-sas
ziguezagueantes
e escoam
pelas águas de alguma chuva
rápida
(no meio da tarde)
transmutadas
em arco íris refletidos
neste cimento cinza
esburacado
desconfortável- para tantos saltos
que passeiam-
apressados?
no asfalto:
ecos úmidos
da chuva morna
e abafada
que dialeticamente
matou a sede
deste chão seco
deste chão sujo
deste chão concreto
deste chão pisado
completamente necessário
à minha veia de poeta
(poeta urbana)
que ainda pressente
lirismo na Paulista
às 18.
domingo, 12 de outubro de 2008
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Um comentário:
haha. Esse é ótimo, Jô!
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