quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

que seja doce...

Hoje acordei meio Caio Fernando Abreu. Então, que seja doce.
Sensação conhecida, aos poucos sendo revisitada, resgatada, revivida. Tenho sentido meus dias mais pelo estômago e pelo coração... e daí, que sempre fico sem saber para onde fugir.
Complicado, ultimamente, me concentrar em alguma direção que não seja essa força que me chama. Mesmo distante, toma espaço, e de vez em quando, me faz feliz por não estar me reconhecendo. Eu me estranho, me entranho e concluo quase instintivamente que, de verdade, as coisas não estão mais iguais. Mas... e agora?
Justo eu. Uma pessoa que tem necessidade de abrigos, sempre. Nem que sejam abrigos etéreos...
Porque eu acho que nasci com saudades - é explicação que surge sem busca direta.
E me lembro, novamente, do Caio: “Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...”
Meio Ian Curtis, não?
Nada resta, a não ser pedir (para quem?) que seja doce, esse dilaceramento.

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