campo minado aqui dentro. todas as possibilidades de retorno dinamitadas. nem a lembrança, e os sibilantes efeitos de dividir a mesma cama permaneceram. finito. e aí que refaço um caminho já conhecido: mágoa-tempo-movimento-cura, e como o Caio profetiza: sigo tirando novos arco íris da cartola. e integrando novas possibilidades, sem medo. sim... essa é a nossa diferença fundamental: não tenho medo. sei que sou forte, justamente por reconhecer as minhas fragilidades. sou inteira e não recortada. a indignação ainda reside por aqui, mas logo mais se dissipa. eu sei bem que a vida sempre se encarrega de mostrar pra gente os nossos desacertos, e comigo não é diferente. com você também não será... então, não me preocupo em entender a sua confusão idiota. estou preocupada em ficar bem, cada vez mais, e buscar pessoas que realmente mereçam me ter perto. esta é uma carta que você não irá ler. eu a escrevo para mim mesma. como registro, como prenúncio, como princípio de cura.
a vida me ensinou a esperar muito pouco das pessoas. mas isso é difícil. exercício, tarefa de casa a ser feita ( e eu sempre era advertida por não fazer os deveres de casa). uma vez eu te disse que cada um dá o melhor que tem. e é verdade. então ficamos por aqui (mas agora 4 real). despedida oculta, internamente acomodada. agora há coisas novas: tenho minha casa para cuidar, e são tantas mudanças bacanas. e tenho meus amigos que realmente gostam de mim ao meu lado. porque sou uma pessoa de vínculos sólidos. tenho uma vida de estradas incríveis pela frente... e o que me importa, acima de tudo, é conservar a força e o amor para desbravá-las...
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