domingo, 8 de setembro de 2013

dê-me

Dê-me a solidão de um domingo à tarde qualquer em que o sol se espalha pela janela do meu apartamento e me faz lembrar que apesar das obrigações, dos trabalhos para vistar, existe vida sim lá fora.
Dê-me a alegria de poder desfrutar desse momento único em que o acesso a mim me mesma se faz de maneira fácil, profunda...e simples.
Escolhi a simplicidade. Cansei de tantas retóricas infundadas e de gente que é virtual e vazia. Escolhi a solidão deste momento, já que nele está contida grande parcela da carga lírica que vem alimentando minha vida inteira até aqui.
Espiralo meu olhar, por entre as paredes e a janela grande...a paisagem concretamente urbana me coloca em conexão novamente com a cidade, mas meu coração ainda sente falta da montanha.
Eu me sinto tão inteira... mesmo reconhecendo que um pedaço do meu coração transita pelas ruas de Caxias do Sul...
Eu sou uma viajante, então, de fato, a vida seria estranha se eu não me apaixonasse por viajantes!
Anseio por toques específicos... mas a minha grande ânsia é atendida diariamente quando me olho no espelho e me reconheço. Passeio pela minha pele, pelos meus anos de estrada, pelas minhas tatuagens que me comunicam histórias...crenças...Sou livre e me reconheço como uma mulher de 31 anos que só quer ser livre. E só. 




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