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harpa antiga

pensamentos desagregados. atmosfera de contos de fadas. acordes estilhaçados. lírica. muitas reticências. e um pouco mais.

domingo, 27 de julho de 2008

come play with me

Audrey Kawasaki faz pinturas na madeira.

mais trabalhos da artista: http://www.audrey-kawasaki.com/

Postado por Joanne Sometimes às 19:25

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...metade de mim é a lembrança do que fui, mas, a outra metade eu não sei... [oswaldo montenegro]

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'e se me achar esquisita,
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até eu fui obrigada a me respeitar.'
[C. Lispector]

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Let me forget about today until tomorrow...

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Que seja a minha noite uma alvorada,
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Não: não digas nada!
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A tua boca velada
É ouvi-lo já
É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases e dos dias.
És melhor do que tu.
Não digas nada: sê!
Graça do corpo nu
Que invisível se vê.
[Fernando Pessoa]

Audrey Kawasaki

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and the spider man is always... hungry

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"Be still be calm be quiet now my precious boy./Don't struggle like that or I will only love you more/For it's much too late to get away or turn on the light/The spiderman is having you for dinner tonight"

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ensina-me a sorrir neste tom, sem lucidez, gato?

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se virou clichê, eu não tenho culpa...ainda é tema das minhas blusinhas.

São Bento - Alto Paraíso de Goiás

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já não temo fantasmas
invoco a todos
que venham em bando
povoar meus dias
atormentar minhas noites

entre tantos
loucos e livres
existe um
que é doce
e que me falta
[Alice Ruiz]

maiakovisk e lília brik

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Poética (2)

Amor, então, também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.
[Paulo Leminski]

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Joanne Sometimes: ...Meu lugar é no desvio/ na lírica estilhaçada/ entre a poética/ e o não dito/ nas reticências evocadas/ abasteço com palavras / minha busca musicada/ minha sede de infinito.

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Então me pergunto: o que quer realmente da música o meu corpo inteiro? O seu próprio alívio, creio: como se todas as funções animais fossem aceleradas por ritmos leves, ousados, exuberantes, seguros de si; como se a brônzea, plúmbea vida fosse dourada por boas, ternas, áureas harmonias. Minha melancolia quer descansar nos esconsos e abismos da perfeição: para isto necessito da música.
[F. Nietzsche, na Gaia Ciência]