Caminhar pela cidade concreta, sem saber direito onde flutua a intersecção entre a vanguarda e o clichê... mas, quem precisa saber disso? Acho que talvez eu precise. Sempre com essa mania (chata) de me perguntar "quem precisa" ou "para que"...
Entre a vanguarda do meu tédio e o clichê do meu cansaço, encontrar qualquer mesa, de qualquer boteco. Abrigo concreto, refúgio difuso. O fato de sentar na cadeira (ou no balcão) e de simplesmente olhar as pessoas sempre foi tão reorganizador...
E me lembrar dos olhos reticentes daquele cara que encontrei naquela noite de março. e me lembrar que este mesmo cara, dos olhos noturnos e reticentes, também sentado numa mesa de bar, me disse, certa vez, que meus olhos eram metralhadoras que disparavam diamantes... clichê? vanguardista? eu só posso dizer que eu me importo.mais do que gostaria.
E a caneta me ajuda...
Andando pela cidade concreta. Buscando minhas referências etéreas e as intersecções que eu já encontrei, pelo menos em alguns momentos, naquele olhar reticente e não esclarecedor. (...)

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