terça-feira, 3 de agosto de 2010

arco íris

De repente, o brilho. (olhar imantado). O brilho maior que a gente... expandindo...- o sorriso franco e esporádico que me faz devanear por qualquer espasmo de neologismo, de insanidade primordial, orgânica, revendo o repertório das sensações instaladas, encontrando uma trilha de sibilantes novidades, nas reticências soltas. Sim, costumo sempre falar daquilo que a gente sabe que toca, mas não consegue tanger. Tecendo (costura sem fim) o leque das sinestesias que se interpõe à vitrine infundada, dissolvida, cansativa (virtualidade definitivamente sucks) – o leque colorido e perfumado das sinestesias reconhecido somente por quem carrega amor. E segue, espiralando... exalando o calor que vem de dentro – (ecos e pontes invísíveis trançando vasos-póros-vísceras-almas) - num dia abalável e frio, típico desse começo de agosto. A nossa leveza persistiu... E o caminho está refeito, em lírica, em entrega, em gratidão fluída, em vida que vibra! Sem verdades: olhares castanho-caramelados e imantados carregam o suposto poder de dissolverem qualquer natureza de verdade, por naturalmente convidarem– para a próxima dança, regida por compassos por ora desconhecidos... ao som de uma música completamente nova (e por que não, a mais bonita?). Neste momento, os meus fantasmas saem para passear, a minha paz interna reflete e ofusca, os meus sentidos simplesmente acolhem e eu , enfim, sou apenas 'sim'.

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